Vamos à segunda parte das tendências para o Marketing Digital? Dá uma conferida no que vem por ai:
6. Evolução do social commerce
Passamos
boa parte do dia nas redes sociais. Usamos essas plataformas para interagir com
amigos, seguir personalidades que admiramos, saber as notícias do mundo,
mostrar momentos do nosso dia a dia — e, é claro, descobrir e comprar novos
produtos.
As
pessoas estão dispostas a comprar nas redes sociais. De acordo com dados da Hootsuite,
as novas gerações já estão usando mais as redes sociais (53.2%) do que os
mecanismos de busca (51.3%) para pesquisar informações sobre marcas.
Além
disso, uma pesquisa da Opinion Box mostrou que 82% das pessoas seguem alguma
marca ou empresa no Instagram, e 52% já compraram algum produto ou serviço que
descobriu na rede social.
Se o
consumo faz parte das nossas vidas, é claro que também faz parte das redes
sociais. Por isso, cada vez mais as plataformas estão aprimorando seus recursos
de social commerce.
O
Instagram lançou sua ferramenta de vendas — a Loja do Instagram — em 2018, mas
anuncia novidades a cada ano. Para 2022, a expectativa é que a plataforma
disponibilize globalmente o Instagram Checkout, que é a possibilidade de
finalizar as compras dentro da loja no Facebook ou Instagram, sem precisar deixar
o app.
Essa possibilidade só está disponível atualmente para perfis qualificados nos Estados Unidos. Mas há planos de longo prazo para disponibilizar em outros países.
Além da
evolução das plataformas, espera-se também que o hábito de pesquisar produtos e
comprar nas redes sociais se popularize entre os consumidores brasileiros. A
pesquisa da Opinion Box mostrou que a Loja do Instagram, embora já exista há
anos, ainda é pouco efetiva — sequer é conhecida por mais de um terço dos
usuários.
Outra
plataforma que vem se destacando no social commerce é o TikTok. A rede social
que popularizou os vídeos curtos já tinha diversos influenciadores indicando
produtos nos seus conteúdos, enquanto os seguidores imploravam pelo link de
compra nos comentários.
Em 2021,
a plataforma anunciou uma parceria com o Shopify, que passou a permitir que os
criadores criem uma aba de compras no seu perfil. O recurso ainda é novidade e
está em teste nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, mas promete se expandir
em breve.
De qualquer forma, os movimentos do TikTok no social commerce são evidentes. Não por acaso, a plataforma anunciou o TikTok Kitchens, que vai levar as receitas de maior sucesso na rede social para restaurantes dos Estados Unidos. É só um gostinho do que essa rede social pode promover no mundo do consumo.
7. Novos tipos de influenciadores
Se você
ainda está tentando entender como os influenciadores digitais têm tanto poder,
está na hora de se atualizar logo para acompanhar os novos perfis de
influencers que estão surgindo por aí.
O
marketing de influência já não é novidade. Faz anos que os influenciadores
estão divulgando produtos e associando sua imagem às marcas. Mais recentemente,
muitas empresas aprofundaram essa relação transformando influenciadores em
embaixadores, que se tornam a cara da marca em parcerias de longo prazo.
Mas o
marketing de influência não se faz apenas com grandes nomes e perfis com
milhares de seguidores. Um tipo de influenciador que cresceu neste último ano
foram os próprios colaboradores das empresas.
Sim, a solução pode estar dentro de casa! Seus colaboradores conhecem a sua empresa, incorporam a sua cultura e podem influenciar sua rede de contatos. Mesmo que sua audiência seja pequena, o poder de influência é grande.
8. Diversidade e inclusão no
marketing
Trabalhar
com diversidade e inclusão é um compromisso que o marketing deve assumir.
Philip Kotler, ao desenvolver o conceito de Marketing 3.0, já avisava às
marcas: o consumidor não quer mais apenas comprar — ele quer que você defenda
causas, assuma compromissos com o planeta e gere impacto positivo na sociedade.
Muitas
marcas já assumiram esses compromissos em suas campanhas. Criam anúncios que
incluem pessoas negras e indígenas, que se posicionam a favor de pessoas
LGBTQIA+, que defendem os direitos das mulheres. Sim, essa já é uma grande
evolução no marketing!
Porém,
os consumidores querem mais. A diversidade e a inclusão devem ir além do que
mostram as câmeras. Nos bastidores das empresas — ou seja, na gestão, no quadro
de funcionários, no desenvolvimento de produtos —, devem estar pessoas de
diversas origens, religiões, cores, etnias, gêneros, orientações sexuais,
capacidades e outras diferenças.
Se o marketing for apenas cosmético, a marca perde credibilidade. Dependendo da gravidade da situação, pode parar no agressivo julgamento das redes sociais. Por outro lado, uma gestão diversa e inclusiva, que se reflete no marketing, conquista não só consumidores, mas também admiradores e defensores.
O papel do marketing é essencial para isso, desde que não seja apenas pensando na imagem da marca. As equipes precisam fazer um esforço no processo de criação para enxergar e abraçar a pluralidade.
Além disso, entenda como interagir com as comunidades, mas não de maneira impositiva. Em 2022, as marcas devem procurar soluções de marketing que conversem com os públicos de maneira inclusiva e dialogada para serem relevantes para as pessoas.
9. A urgência da responsabilidade ambiental
As
questões climáticas não são apenas uma preocupação para o planeta — elas já são
uma emergência. Já faz anos que os especialistas alertam as grandes nações
sobre a necessidade de frear a emissão de gases poluentes e evitar a destruição
do planeta.
As
empresas também já sabem que devem assumir compromissos com o meio ambiente,
não apenas no discurso do marketing verde, mas principalmente na prática, nos
processos, na essência dos seus negócios. Assim como as questões sociais, os
consumidores também valorizam empresas com compromissos ambientais.
No
contexto da COP26 (26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas), grandes anunciantes do mundo inteiro cobraram os gigantes da internet
para evitar que disseminem fake news sobre as mudanças climáticas. Em outubro,
o Google já havia anunciado que baniria anúncios negacionistas sobre o clima em
suas plataformas, inclusive o YouTube.
Por isso, em 2022 e 2023, as empresas não vão mais poder fugir desse tema. Sustentabilidade não é mais apenas separar o lixo reciclável — é o compromisso com a produção sustentável em toda a cadeia de valor.
Portanto,
é também um compromisso do marketing, que deve transparecer para o consumidor
os valores que a marca defende e a mensagem que deseja passar. É preciso contar
uma história autêntica sobre os seus compromissos com o meio ambiente.
É papel do marketing gerar valor para a sociedade como um todo, não apenas para a imagem e os lucros da empresa. Por isso, a responsabilidade social e ambiental deve ser central para os negócios, em um processo que vem sendo chamado de ESG (Environmental, Social and Governance - Ambiental, Social e Governança).
10. Exploração do metaverso
Por fim,
vamos falar de uma palavra que tomou as discussões do mercado digital e chegou
até a ser reportagem no Fantástico: o metaverso.
Embora o
conceito não seja novo — nem na teoria, nem na prática —, foi Mark Zuckerberg
quem colocou essa palavra nas conversas do mundo inteiro.
Em
outubro de 2021, o criador do Facebook anunciou que sua empresa passaria a ter
um novo nome: Meta, em alusão ao metaverso, que é a nova realidade que ele quer
construir.
O
metaverso representa um momento das nossas vidas em que o digital vai ser mais
importante que o físico. Embora pareça futurístico, essa realidade já faz parte
do nosso dia a dia — por exemplo, quando damos mais importância para a nossa
imagem nas redes sociais do que na vida real…
Na
prática, o metaverso é um tipo de universo virtual, que engloba tecnologias de
realidade virtual, realidade aumentada, inteligência artificial e, é claro, a
internet. Algumas plataformas, especialmente de games, já operam com esse tipo
de tecnologia.
E é
nesse novo universo que as marcas vão começar a operar. Se a vida passa a
acontecer em uma realidade virtual, é lá que as marcas querem estar. Por isso,
2022 e os próximos anos devem ser um momento de exploração desse novo
território.
Mas
muitos outros espaços de mídia e relacionamento devem surgir, principalmente em
experiências imersivas para o consumidor, integradas com entretenimento.
Portanto, o futuro, embora imprevisível, vai trazer muitas novidades em 2022. Quem trabalha com marketing já sabe que essa área é dinâmica e veloz, mas o avanço das tecnologias e do comportamento do consumidor está acelerando ainda mais as mudanças.
Se quiser acompanhar as tendências de marketing digital para os próximos anos, não dá para se distrair! BEM VINDO, FUTURO!